Radar móvel para controlar o trânsito violento em Canoas
quarta-feira, 19 de junho de 2013O trânsito está mais violento na cidade. De janeiro a maio deste ano 17 pessoas morreram após se envolverem em acidentes nas ruas e rodovias de Canoas, seis a mais do que no mesmo período de 2012. Os dados da Unidade de Controle e Estatística da Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade (SMTM) acenderam um sinal de alerta no órgão, que vai apostar no controle eletrônico de velocidade para evitar que, a exemplo do ano passado, a conta aumente até dezembro.
Apesar do número crescente de mortes (foram 43 em 2012, 45% a mais do que no ano anterior) e de veículos em circulação (165,4 mil, segundo o Detran), atualmente não há um ponto sequer na cidade onde a velocidade dos veículos é controlada por radar ou lombada eletrônica. Ao concluir que os excessos cometidos pelos motoristas são a causa da maioria dos acidentes fatais, o comando da SMTM já encaminhou para o setor de compras da Prefeitura o pedido para contratação de dois radares móveis. Os equipamentos devem entrar em operação em até 90 dias.
De acordo com o secretário de Transportes e Mobilidade, Oswaldo Steffen, os radares serão utilizados na forma de rodízio nos principais pontos das vias urbanas com mais acidentes, como Guilherme Schell, Boqueirão, Rio Grande do Sul, Santos Ferreira e Venâncio Aires.
“A partir dos dados da nossa unidade de estatística vamos elaborar um roteiro com os pontos que terão fiscalização eletrônica”, adianta o secretário, citando como exemplo o trabalho realizado em Porto Alegre pela Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC). A expectativa é reduzir em pelo menos 50% o número de mortes na área urbana de Canoas. “Quando implantou a fiscalização eletrônica Cachoeirinha conseguiu reduzir drasticamente o número de ocorrências graves no trânsito”, comparou.
Andar sobre duas rodas é mais perigoso
Elaborado a partir de dados de órgãos de segurança e saúde de Canoas, o balanço da Unidade de Controle e Estatística da SMTM mostra que andar sobre duas rodas é mais perigoso na cidade. Das 17 pessoas que perderam a vida de janeiro a maio deste ano no trânsito, nove estavam de moto ou bicicleta quando se acidentaram. Outras três estavam a pé e foram atropeladas.
São contabilizados óbitos registrados até 30 dias após o acidente, seguindo padrão da Organização Mundial de Saúde (OMS). Dos acidentes fatais registrados no período, 37% ocorreram no turno da manhã e 19% no turno da tarde, ou seja, mais da metade dos casos foi à luz do dia.
Terça e sexta-feira (com nove casos ao todo) foram os dias com mais mortes no trânsito nos primeiros cinco meses do ano. Cinco vítimas tinham entre 21 e 30 anos e seis tinham entre 41 e 60 anos. As vias urbanas concentraram 52,94% dos acidentes fatais.
Fonte: Diário de Canoas